Fazia tempo que ninguém passava por ali... terras ermas agora. Triste, toda terra abandonada deixa marcas e restos que nos remetem a lembranças que não sabemos se queremos mais. Antes havia tantos retratos, tantos rostos e sorrisos. Pessoas se encontravam para discutir e confraternizar. Era como se as distâncias não existissem...
Mas, eis que foi chegado o progresso e a modernidade. Novos planos e projetos, inexplorados territórios. As pessoas ainda parecem ser as mesmas, mas a migração se deu em fases e tantas comunidades se desfizeram. Talvez a culpa seja dos grupos de vanguarda que trilham caminhos inexplorados em busca de um futuro diferente. Como se as terras fosse tão diferentes assim.
Há, sem dúvida, um duplo sentido na morbidez da vastidão Orkut. Tanto os que ainda se sentem vivos abandonaram a velha roupagem, assim como o espaço virtual que ocupavam, quanto os que já morreram e sequer tiveram tempo de migrar. Imagine só, a garota de paquera com um perfil do Orkut ou do Facebook, admirando as fotos e descrição, investigando o tudo que diz quase nada e o dono do perfil morreu na semana passada. Acho que se eu fosse espírito, continuaria intervindo no meu perfil, escrevendo, postando e cutucando aqueles que de nada suspeitam.
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